DIABETES
O país enfrenta uma crescente epidemia de diabetes, na maioria devido a mudanças no estilo de vida, como dietas pouco saudáveis, falta de atividade física e envelhecimento da população.
Epidemiologia do Diabetes no Brasil:
Prevalência: Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, aproximadamente 10,4% da população adulta brasileira (cerca de 16,8 milhões de pessoas) tinha diabetes. Isso representa um aumento significativo em comparação com anos anteriores.
Tipo de Diabetes: A grande maioria dos casos de diabetes no Brasil é do tipo 2, que está relacionado principalmente a fatores de estilo de vida e genética.
Distribuição Geográfica: A prevalência do diabetes varia em todo o país, sendo geralmente mais alta nas regiões Sul e Sudeste. No entanto, a doença está se tornando mais prevalente em todas as regiões do Brasil.
Fatores de Risco para o Desenvolvimento do Diabetes:
Obesidade: O excesso de peso é um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2.
Inatividade Física: A falta de atividade física regular aumenta o risco de desenvolver a doença.
História Familiar: Ter familiares com diabetes aumenta a predisposição genética.
Má Alimentação: Uma dieta rica em calorias vazias, açúcares e gorduras saturadas contribui para o risco.
Envelhecimento: O risco de diabetes aumenta com a idade.
Hipertensão Arterial: Ter pressão arterial alta está relacionado ao desenvolvimento do diabetes e uma pior evolução do quadro.
Etnia: Algumas etnias, como afrodescendentes e indígenas, têm um risco maior.
O diabetes não controlado pode levar a uma série de complicações graves, incluindo doenças cardíacas, derrames, doenças renais, danos nos nervos, problemas oculares e amputações. Além disso, o diabetes é uma das principais causas de morte no Brasil.
Manifestações Oculares do Diabetes:
A glicemia elevada, que é uma característica do diabetes descontrolado, pode ter efeitos adversos significativos nos olhos. Estes são alguns dos principais problemas oculares associados à glicemia alta e diabetes:
Retinopatia Diabética:
A retinopatia diabética é uma complicação ocular grave e comum que ocorre em pessoas com diabetes, especialmente se a glicose no sangue não for bem controlada ao longo do tempo. A retinopatia diabética ocorre devido aos danos progressivos nos pequenos vasos sanguíneos da retina, causados pelos altos níveis de glicose no sangue. Esses danos podem levar a vários estágios da condição:
Retinopatia Diabética Não Proliferativa: No início, pequenas áreas de vasos sanguíneos podem ficar enfraquecidas, vazar ou apresentar inchaço. À medida que a condição progride, mais áreas da retina podem ser afetadas, causando perda de visão.
Retinopatia Diabética Proliferativa (RDP): Nesta fase avançada, o diabetes danifica mais severamente os vasos sanguíneos da retina. Em resposta, o corpo tenta formar novos vasos sanguíneos para compensar, mas esses novos vasos são frágeis e propensos a sangrar, causando visão turva e flutuações na visão.
Os sintomas da retinopatia diabética podem incluir visão embaçada, dificuldade em ver cores e manchas escuras na visão. No entanto, nos estágios iniciais, a condição pode ser assintomática, tornando os exames oftalmológicos regulares cruciais para o diagnóstico precoce.
Portanto, é crucial que indivíduos com diabetes monitorem rigorosamente seus níveis de glicose no sangue e façam exames oftalmológicos regulares para identificar e tratar precocemente a retinopatia diabética, diminuindo, dessa forma, o risco de perda de visão.
Edema Macular Diabético:
O edema macular diabético é uma complicação da retinopatia diabética em que o fluido se acumula na parte central (e mais importante) da retina, chamada de mácula. Isso pode causar visão embaçada e distorcida, afetando a visão central e a capacidade de leitura.
Glaucoma:
Indivíduos com diabetes têm um risco aumentado de desenvolver glaucoma, uma condição em que a pressão ocular aumenta, danificando o nervo óptico. O glaucoma pode levar à perda de visão periférica e, se não for tratado, à cegueira.
Catarata:
A catarata é uma opacificação do cristalino do olho, que normalmente é claro. Pessoas com diabetes têm maior probabilidade de desenvolver esta doença em uma idade mais precoce do que aquelas sem a doença. A catarata pode causar visão turva e, eventualmente, requer cirurgia para remoção.
Olho seco:
A glicemia elevada pode afetar as glândulas lacrimais, levando a uma diminuição na produção de lágrimas e causando sintomas de olhos secos. Isso pode causar desconforto ocular, coceira e vermelhidão.
Neuropatia Óptica Isquêmica Anterior (NOIA):
A NOIA é uma condição rara, mas séria, em que há uma redução súbita e indolor da visão devido a uma diminuição do fluxo sanguíneo para o nervo óptico. O diabetes é um fator de risco para o desenvolvimento da NOIA.
O diabetes não controlado pode levar a uma série de complicações graves, incluindo doenças cardíacas, derrames, doenças renais, danos nos nervos, retinopatia diabética (problemas nos olhos) e amputações. Além disso, o diabetes é uma das principais causas de morte no Brasil.
Prevenção e Controle:
A melhor maneira de prevenir os problemas oculares relacionados ao diabetes é manter um controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue. Isso envolve seguir as recomendações do seu médico para o tratamento, incluindo o uso de medicamentos, dieta saudável e exercícios.
Além disso, é fundamental fazer exames oftalmológicos regulares, pois o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem impedir a progressão dessas complicações e proteger a sua visão. Se você tem diabetes, converse com seu médico sobre a frequência recomendada para os exames oculares. O cuidado com a saúde ocular é uma parte importante da gestão global do diabetes e da manutenção de uma boa qualidade de vida.
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